Como uma pessoa morre de fome?
Em 2021, fome se tornou mais letal que a pandemia de COVID-19.
A desnutrição, ou seja, a falta de nutrientes essenciais para a manutenção de uma saúde equilibrada pode ser fatal e é comum sobretudo em áreas de pobreza e extrema pobreza. A falta de acesso a alimentação adequada e recursos básicos de sobrevivência mata e supera a atual taxa de mortalidade da COVID-19:
“No ano passado, em seu relatório “O Vírus da Fome”, a Oxfam alertou que a fome poderia ser ainda mais mortífera do que a Covid-19. Este ano, mais 20 milhões de pessoas foram levadas a níveis extremos de insegurança alimentar, atingindo um total de 155 milhões em 55 países. Desde o início da pandemia, o número de pessoas que vivem em condições de fome estrutural aumentou cinco vezes, chegando a mais de 520 mil.”
Tendo em vista este preocupante cenário, a fome assume o protagonismo. A desnutrição afeta o sistema imunológico propiciando o surgimento de doenças que podem ser fatais. Além disso, enfraquece o corpo, gera perda de gordura e alterações psicológicas.
Na rua, as pessoas estão naturalmente fragilizadas por estarem vulneráveis, desprotegidas e invisibilizadas. A fome é mais um de tantos problemas enfrentados pela população em situação de rua.
A gravidade é evidente: a maior crise sanitária dos últimos tempos se tornou menos letal que essa questão de ordem estrutural que é reflexo do sistema socioeconômico, da desigualdade social e do descaso do poder público.
Por isso, nosso objetivo no Natal Invisível é combater a fome e oferecer uma nova perspectiva para o 2022 da população em situação de rua. Sabemos que é impossível erradicar a fome, mas, juntos, podemos nos mobilizar para amenizar o sofrimento daqueles que cada vez mais ocupam as calçadas da cidade.
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Fonte: Relatório OXFAM (09 de julho de 2021)