Suicídio entre a população de rua

Por que pessoas em situação de rua são altamente propensas a desenvolverem transtornos mentais?

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Suicídio entre a população de rua


É plausível inferir que houve um aumento significativo da população em situação de rua no Brasil e no mundo no ano de 2021. Essa conjuntura é resultado de um cenário de pandemia, crise socioeconômica e crescentes taxas de desemprego que tornaram a manutenção de um padrão de vida digno cada vez mais difícil. Assim, as instabilidades financeira e emocional tomaram conta da população, gerando um terreno fértil para o surgimento ou agravamento de transtornos mentais.

É impossível desmembrar a relação entre saúde mental, condições sociais, situação econômica e ambiente. Logo, se um indivíduo possui todos os recursos necessários para se viver bem, ele terá uma boa saúde mental. Nesse sentido, o contrário também se aplica.

Estendendo essa discussão para a realidade das ruas, é incontestável que pessoas em situação de rua tem mais chances de ter transtornos mentais. A falta de amparo social, abuso de substâncias psicoativas, fragilidade de vínculos afetivos, violências e discriminações contribuem para a desumanização desse grupo.

Segundo a Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a fome realizada entre agosto de 2007 e março de 2008, 31,8% dos moradores de rua já foram impedidos de acessar estabelecimentos comerciais, 35,5% estão nas ruas por problemas com álcool e drogas e 95% não estudavam na época da pesquisa.

morador de rua

Diante desse quadro, há um aumento do sentimento de desesperança, pessimismo e descrença na sociedade e em instituições públicas. Além de não contarem com as condições ideais para manter uma saúde mental plena, a maior parte da população de rua não tem acesso ao tratamento psicológico adequado para acompanhamento ou controle de transtornos mentais. A submissão ao constante sofrimento físico e psíquico traz consequências devastadoras, e, dessa forma, pensamentos suicidas e lesões autoprovocadas tornam-se cada vez mais frequentes.

A saúde é um direito fundamental do ser humano, e para que essa máxima seja posta em prática, além de políticas públicas e investimento federal, são necessários projetos de promoção de saúde mental para pessoas em situação de rua.

Dessa maneira, ao estimular o diálogo e a reflexão é possível resgatar valores e alterar a perspectiva de vida desses indivíduos. Uma rede de apoio que humanize e sensibilize as relações com a população de rua é essencial.

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